As guerras do Guerra
nha Perto de um milhar de manuscritos, todos inéditos, de Guerra Junqueiro foram descobertos no baú duma casa privada, no Porto. Antero Braga, livreiro da Lello, no Porto, garante a autenticidade dos documentos e da autoria.
O achado, considerado de valor incalculável, é constituído por correspondência diversa, manuscritos e mesmo projectos de textos, todos datados do final da década de 1880. Antero Braga acrescenta que os manuscritos irão agora ser estudados, e não deixa de manifestar “alguma preocupação” quanto ao seu destino. (in Público)
Ora eu também manifesto preocupação.
Para mim, o pendor maior da intervenção do Estado na Cultura deve estar na identidade histórica portuguesa (conservação e dinamização de monumentos e locais classificados, expansão da língua, divulgação da nossa cultura artística – literária e outras, incentivo ao mecenato, promoção da descoberta da cultura à infância, etc) e não no apoio à cultura contemporânea (teatro, cinema, escultura, dança, pintura, etc).
Esta segunda deve existir mas em peso relativamente menor.
Da forma como temos tratado a reimpressão de obras de grandes autores, estou em crer que estes documentos – que não sou eu a considerá-los de “valor incalculável” – podem vir a ter um tratamento idêntico…