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PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

PSICOLARANJA

O lado paranóico da política

Foi violada? Tire a senha no guichet e aguarde!

Margarida Balseiro Lopes, 19.08.09

Passou-se o inacreditável.
Uma rapariga de 17 anos foi vítima de violação sexual na noite passada. Dirigiu-se ao Hospital Santa Maria e foi informada que não estavam disponíveis peritos do Instituto de Medicina Legal para a examinar. A solução? Esperar 12 horas, uma vez que no mês de Agosto não há peritos a fazerem o turno da noite.
Espantado? Espere. Ainda alertaram a menor para o facto de não poder comer nem lavar-se. Afinal de contas seriam só 12 horas.
O pai da menor manifestou a sua indignação junto do Hospital, que condescendentemente lhe respondeu que existe um gabinete do utente, onde podem ser apresentadas reclamações.
Com este episódio chocante ficam demonstradas duas evidências: a ineficácia do nosso SNS, que deixa perpetuar situações graves como esta, e a desumanidade que caracteriza o funcionamento das unidades de saúde.

Progressão na carreira?

Margarida Balseiro Lopes, 14.03.09

O Sol avança hoje que Teixeira dos Santos, o actual ministro das Finanças, substituirá Vítor Constâncio à frente do Banco de Portugal.

O que dizer desta dança de cadeiras?

Se não se tratar de uma manifesta situação de conflito de interesses, parece-me pelo menos uma grande promiscuidade. Nada a que não estejamos habituados.

 

Estas não precisaram de quotas!

Margarida Balseiro Lopes, 08.12.08

Ouvi há pouco um destacado comentador bloquista a defender a lei da paridade, aprovada em 2006 pelo BE e pelo PS. Dizia que a partir de 2009 passaríamos a ter mais de 20 mil mulheres envolvidas na vida política.

 

Para quem tem acompanhado a já turbulenta discussão de listas às próximas eleições, nomeadamente as autárquicas, é no mínimo confrangedor ouvir este tipo de demagogias que mais não é do que o profundo desconhecimento da realidade.
Como (ainda) não se produzem mulheres activas e interventivas de um dia para o outro, o que será feito em muitas juntas, câmaras, assembleias municipais (sem falar nas outras duas eleições…): recrutamento de irmãs, mulheres, mães e quiçá avós dos senhores (re)candidatos.
Quando esta via se esgotar, haverá ainda lugar para, depois de eleitas, convidar as mulheres a suspenderem o mandato.
Sem esquecer, ainda, os habituais convites a verdadeiras imprestáveis e que muito pouco dignificam a classe política.
Para uns isto é renovação. Para mim, é uma desconsideração do princípio do mérito, descredibilização das mulheres e desprestígio da classe política e das instituições.